WhatsApp: União Europeia não vê os planos do Facebook com ‘bons olhos’

Durante a semana passada, surgiram as primeiras informações sobre os mais recentes planos do Facebook. Ao que tudo indica, a empresa de Mark Zuckerberg tem planos para unificar as plataformas de mensagens das suas três maiores aplicações, WhatsApp, Messenger e Instagram.

No entanto, estas informações não foram muito bem recebidas pelo governo norte-americano, que desde cedo revelou o seu desagrado com a ideia. Agora, também a União Europeia revelou que não vê estes planos com ‘bons olhos’.

Em teoria, os planos do Facebook são até fáceis de compreender, sendo que a unificação das plataformas iria ajudar a solidificar toda a interação dentro do seu ecossistema de aplicações. No entanto, as possíveis repercussões desta fusão continuam a causar polémica.

Planos do Facebook para o WhatsApp, Instagram e Messenger não agrada à União Europeia

O comité responsável pela regulação do Facebook na União Europeia (Irish Data Protection Commission) já confirmou ter conhecimento dos novos planos da rede social. Tendo já agendado uma reunião de emergência para analisar a situação.

Os responsáveis, sabem que estes planos ainda estão numa fase de desenvolvimento inicial. No entanto, têm intenção de se antecipar à empresa. De forma a garantir que nenhuma das suas possíveis implementações acabem por violar os termos e condições do GDPR.

Por outro lado, um oficial do governo norte-americano afirmou até que foi um grande erro. Ter sido permitida a aquisição do WhatsApp e Instagram por parte do Facebook. Ro Khanna, afirma que todo o universo das redes sociais seria totalmente diferente. Caso o Facebook fosse obrigado a competir com o WhatsApp e Instagram.

Por fim, mas não menos importante, é o facto de que o WhatsApp está protegido com encriptação end-to-end. Esta é um dos principais pilares fundamentais da plataforma. Que poderá ser colocado em risco caso o Facebook decida ir para a frente com estes planos.

Em suma, parece que juntando os prós e contras, o Facebook será realmente a única parte envolvida que irá tirar um maior benefício destas possíveis alterações. No que respeita aos utilizadores, certamente que a possibilidade de conversações multi-plataforma não será mais importante que a manutenção da sua privacidade.